Foto: Daer (Divulgação)
Com dois anos de atraso na entrega, os projetos de como será a futura e prometida duplicação da Faixa Nova de Camobi (RSC-287) estão sendo concluídos pela consultoria Engemin, do Paraná. O Diário teve acesso, em primeira mão, à arte gráfica de como deve ser o viaduto de acesso ao campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no cruzamento da Faixa Nova com a Avenida Roraima (foto ao lado). O que chama a atenção é que a proposta feita pela Engemin prevê as quatro pistas da Faixa Nova passando sobre o viaduto, e no nível do solo, a construção de retornos e um trevo em formato bem diferente.
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O reitor da UFSM, Luciano Schuch, afirmou que teve reunião com o Daer para tratar do projeto do acesso principal ao campus e que engenheiros da universidade avaliaram o que foi proposto pela Engemin. Schuch disse que as grandes paredes laterais das rampas do viaduto não seriam o ideal. Além de encobrir o acesso à universidade, essas paredes do aterro acabariam dividindo o bairro. Inicialmente, os profissionais da UFSM chegaram a cogitar possibilidade de propor que a Avenida Roraima fosse escavada e ficasse abaixo do nível do solo, cruzando por baixo da Faixa Nova. Porém, isso teria desvantagens.
– Em uma análise prévia que fizemos, tem poucas opções de soluções devido ao espaço reduzido (no trevo da Roraima) pelo volume das construções e de veículos que passam ali. Tínhamos pensado, então, em deixar a RSC-287 no nível atual e afundar a Avenida Roraima, pois, visualmente, ficaria provavelmente melhor. O problema é que a gente perderia muito espaço da Roraima e teria um problema técnico disso. Como aquela região está toda no mesmo nível (do solo), a água da chuva e do lençol freático teria de ser drenada por bombas, porque não tem como retirar essa água dali (de outra forma). Isso seria um problema técnico gigantesco e que daria um custo elevado de manutenção – disse Schuch.
Diante disso, o reitor acredita que a saída mais viável seja pedir ao Daer que sejam colocados mais dois pilares no viaduto, para que seja reduzido o comprimento das paredes dos aterros da rampa do viaduto.
– Ficaria um viaduto mais vazado – comentou o reitor, citando que o ideal seria uma estrutura toda feito apenas com pilares e sem paredes de aterro. O problema é que isso custaria bem mais caro.
Essa proposta de colocar mais dois pilares poderá ser apresentada em breve pela UFSM ao Daer, que ainda terá de avaliar a viabilidade, pois implicaria em aumento de custos.
Como deve ser o viaduto
Pela proposta da Engemin ao Daer, as quatro pistas da Faixa Nova passarão por cima do viaduto no trevo da UFSM. Já a rotatória da Avenida Roraima será modificada, num formato alongado. Quem sai da UFSM poderá passar reto por baixo do viaduto sem precisar parar. Se quiser ir para o Centro pela Faixa Nova, terá de fazer um retorno à esquerda e ingressar na Faixa Nova pela via lateral do viaduto. Quem vem do Centro pela Faixa Nova poderá entrar no campus por uma via lateral, entre o viaduto e o prédio dos Bombeiros. Os motoristas que saem da Base e quiserem entrar no campus terão de descer pela via ao lado do viaduto e dobrar à direita (em direção à Faixa velha), fazendo um retorno na Roraima e seguindo até a UFSM.
Além disso, embaixo do viaduto, haverá dois retornos para quem vem pela Faixa Nova. Quem sai da Base e quiser retornar vai ter de pegar a via lateral à direita e fazer o contorno embaixo do viaduto. O retorno é semelhante para quem vem do Centro e quiser voltar.
A promessa de duplicação
O Daer promete ter até o final do ano os projetos prontos da duplicação, mas não disse quando a obra será feita. A vereadores, o diretor do Daer afirmou que a ideia é licitar e iniciar a obra em 2026. Desde o fim de 2020, o Estado promete fazer o projeto, que está dois anos atrasado, e fazer a obra. Por isso, o Diário lançou o selo dos “4 anos e 9 meses só de promessas da duplicação” dos 9 km da rodovia, do trevos da rodoviária e aeroporto.
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